quarta-feira, 20 de maio de 2009

Medusa Marinara


Tinha parado de escrever nesse espaço. Não tinha nada pra falar.

Mas eu tenho de escrever. Isso aqui tem um motivo!

E ninguém fica sem o que falar depois de ver uma medusa num prato.

Eu fui ver a exposição do tal Vik Muniz.

Apesar de o sujeito fazer retratos com açúcar, geléia e chocolate, foi a exposição menos enjoativa que já vi.

A Medusa Marinara da foto é provavelmente o espaguete mais caro da História. Deve valer uns milhares.

Primeiro, tirou minhas palavras. Depois, devolveu todas. Estou gastando o excesso aqui.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Já que estão todos falando em filmes...




e que eu estou sem sono, vou relatar à posteridade o que eu vi com minha namorada e 10 anos de atraso: Truman Show, com o Jim Carrey num papel sério, falando também sobre transformar pessoas em coisas - vide o polêmico e popular post "vc é pegável" (usei quase todos os P disponíveis no blog)...

Depois vimos "Meu Nome Não É Johnny", sobre um sujeito que teve uma segunda chance - ah, se ele fosse preto/pobre... (agora sim acabou o estoque de P - vou usar B no lugar) só teria a biedade de sua querida mãe - algo em comum com "Cazuza o Tempo Não Bára".

Breciso ver o Blindness, só bra dizer que li e vi.
Vou dormir, agora acho que pego no sono - não tenho ações na bolsa...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Você é pegável?"


Essa é a pergunta que uma revista de para adolescentes faz a suas leitoras, num daqueles testes geniais típicos de revistas femininas.


Se vc tiver um bom desempenho no teste, é porque vc é pegável. Ser pegável, por incrível que pareça, é uma coisa positiva.


Isso é simplesmente bizarro, porque essa expressão,"pegável", é uma das formas mais machistas com que um menino pode se referir a uma menina, hj em dia.


Pois é: quando um garoto diz que quer "pegar" uma menina, significa que ele a encara apenas como uma coisa, uma caça.


Ao contar para o amigo que "pegou" fulana, o garoto a coloca voluntariamente em um patamar inferior ao status masculino, quase no mesmo nível de um animal de estimação -na verdade, um pouco abaixo... na melhor das hipóteses, no mesmo nível de um troféu.


Aí vem a p***** da revista e fala que é legal ser pegada, ser tratada como uma coisa, um objeto... como conseqüência, a menina que não se sujeita a ser algo em vez de alguém está por fora...


...


Ok, tenho que reconhecer que pelo menos as meninas de 12, 13, 14 anos já podem aprender cedo qual o seu papel na sociedade, tradicionalmente conservado de geração em geração: serem pegadas até expirar o prazo de validade, quando darão lugar a outras meninas saindo do forno...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

The Hero - a tale - part 2!!!




I must finish this story, but I can't find the time... ok, let's try to do it now!

First of all, I must say that I made a huge mistake! I told that I saw blood on the ground, after the dog ran toward our hero. But I was looking inside the wrong story: the Tom's, the Tomato Kid! In fabiano Roberto's tale there was no blood at all! I'm really sorry.

Actually, our hero didn't need to hurt anybody or himself: he just kicked the mad dog in the ass once. Just it. The beast cried like a baby and ran away like a mouse...

Nobody believed that Fabiano Roberto saved a boy's life. But the kid was precise: a dog came in his dirction; fortunately, the hero scared the dog.

All in the neighbourhood congratulated him - no one would say that Fabiano Roberto was even able to take care of himself.

But, sometimes, we have to pay no attention to what people say about us. We have to get rid fo the labels they put on us, and run after our fate, our nature.

After all, who cares if the dog was a Chihuahua?

The story has lots of other stories inside of it: love, passion, spies, greed, hatred and dance. Someday I tell the rest...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

The Hero - a tale - part 1


Today I start to tell you guys an amazing story. It's about heroism.
Fabiano Roberto is the name of our hero. No, he is not Hector, Achilles or Superman. Either he is greek, american or french.
Actually, he was born in comfortable home of São Paulo, not a nice place for heroes to be. You know, heroes are supposed to have beautiful scenarios behind them, like New York, for example.
Thinking twice, it seems that he had not the profile of a hero.


Still he was a hero. Well, I'm not quite sure anymore... At least, he was predestined for it - otherwise, Destiny wouldn't put him near that 8-year-old-kid when that furious dog broke through across the street, roaring like an helicopter and showing his collection of big teeth.
And there was no more than few seconds to do something to stop the monster.
Ok, he doesn't look like a hero, with his dumb expression on the face... and Destiny sometimes have a strange sense of humor... I might have commited a mistake, maybe he is not a hero (or is he?).
Well, i-if he is going to do something brave, he must do it fast, I can almost see the corpse of that little child!...
OH MY GOD!, THERE IS BLOOD ON THE GROUND! A DARK-RED PUDDLE!
(to be continued)


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Keys




Nowadays I'm on third stage of the diplomatic carreer's contest. Though I'm already satisfied, an approbation wouldn´t be that bad...

It will be interesting to read this post in the future, when I will be approved - don't know how long it is going to take. All I know is I'm going to miss these days - despite São Paulo FC has been beaten by Fluminense in Libertadores Cup!

This times are also unforgetable because many things start to make sense now. Important things. For example: why I'm crazy. Why I don't like spicy food, except for mexican food. Why my hair has been falling, but I don't get bald (yet). And because of REALLY important things make sense also, wich I won't describe here...
The theme song of the moment is Fotografia, by genial Tom Jobim:
Eu, você, nós dois
Aqui neste terraço à beira-mar
O sol já vai caindo e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz,
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz
Lá em baixo se acendeu...
Você e eu
Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo
Aquele beijo

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Acordei bemol





acordei bemol

tudo estava sustenido

sol fazia

só não fazia sentido



Esse é um poema muito legal do Paulo Leminski, um poeta curitibano falecido em 1989.


Para quem não conhece teoria musical: a expressão "bemol" significa um recuo de meio tom em dada nota. Dó bemol, por exemplo, está meio tom atrás do nota dó. "Sustenido" é o contrário: meio tom pra cima.


Se vc acorda bemol, é porque está para baixo. E se tudo está sustenido, então o mundo está soa em tom diverso do seu. Vc está em desarmonia com todo o resto, está deprê...


"Sol fazia", ou seja, tudo estava como sempre esteve (Sol astro ou sol nota musical?), tudo normal; mas, como o poeta está bemol, então não fazia sentido.


Muito legal ele utilizar essa linguagem da teoria musical para descrever sentimentos, até porque a música faz isso mesmo: expressa por sons o que não conseguimos expressar com palavras.


Gosto muito desse poema. Não sei se algum entendido de poesia acha bom, mas eu acho demais...