segunda-feira, 23 de julho de 2007

Maquiavel era brasileiro

Um assessor do governo foi filmado fazendo um gesto obceno inominado, vulgarmente conhecido como "top top" (sic), supostamente escarnecendo da responsabilização da Infraero pelo desastre aéreo ocorrido semana retrasada. Todos ficaram estarrecidos com a imoralidade do servidor público.


Ninguém ficou escandalizado, contudo, com as circunstâncias que envolveram o flagrante: a gravação foi clandestina, realizada por jornalista desautorizado, em violação flagrante a princípios constitucionais dos mais básicos. Não houve espanto também com relação às palavras postas na boca do flagrado, e dos pensamentos postos em sua cabeça: mesmo sem provas, estava comprovado que Marco Aurélio Garcia (acho que é esse o nome) estava morrendo de rir de outros, pouco se importando com a tragédia e a dor das vítimas.


Essa tal de "opinião pública" nada viu de errado no procedimento jornalístico. Como se sabe, os nossos fins justificam os meios.

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